Coluna AGazeta 15ed – Marrocos, um choque cultural
Coluna publicada em 13/09/16
Faz duas semanas que cheguei no Marrocos, e a cada dia fico mais impressionado. Tudo é muito diferente do que eu vi até hoje, de todas as minhas viagens, já no primeiro dia pude perceber isso.
Por enquanto conheci só Marrakech e Imlil, sendo a primeira a Terceira maior cidade do país e também uma das mais visitadas pelos turistas. A cidade é incrivelmente movimentada, principalmente a noite, quando todo mundo se concentra na Jemaa El Fnaa, principal praça e coração da cidade. Ali concentram-se as barracas com comidas de rua, são mais de 100 e vendem praticamente a mesma coisa e pelo mesmo preço, é difícil escolher uma. Foi ali também que provei algumas iguarias aqui do Marrocos, como sopa de caramujo e cabeça de cabra. E olha que nem é tão ruim.
Andar pelos becos da parte antiga é muito bacana, mas depois de um tempo se torna chato, pois vendedores de tudo que é coisa te chamam e param pra te oferecer alguma coisa, sempre pelo triplo do preço justo. Tudo por aqui deve ser negociado, se uma camisa custa 60 reais, você oferece 15 e acaba comprando por 20. No começo é até divertido essa negociação, mas com o tempo fica cansativo.
Já Imlil é bastante diferente, pois é uma pequena vila no pé das montanhas Atlas, onde encontra-se o ponto mais alto do Marrocos, conhecido com Toubkal. Existe uma trilha até o Toubkal, a qual leva em torno de 14 horas para ser feita. São aproximadamente 22km subindo de 1700 a 4200m de altitude. Tentei fazer a trilha mas subi apenas até 3200 metros, não tinha os equipamentos necessários e passei um baita sufoco.
Aqui em Marrakech mesmo eu começaria a trabalhar num hostel no dia 20, porém quando cheguei o gerente falou que se eu quisesse poderia começar já, pois tava corrido pra ele, então já comecei. Ainda não sei quanto tempo ficarei no Marrocos, mas acho que será uns 50 dias no total.
Vindo da Europa pra ca é um baita choque, lá é tudo organizado e fácil, aqui já é bem o contrário, não existe um horário de ônibus ou as vezes nem existe ônibus. Para ir até Imlil por exemplo, peguei uma van que só saiu quando o motorista junto mais de 5 pessoas, e no caminho foi subindo mais gente até o ponto de ter 23 pessoas. Detalhe que eram apenas 15 lugares na van. Mas apesar de tudo isso o país é fascinante e até me animou em explorar mais o continente Africano.
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