Aiuruoca, MG – O que fazer, como chegar e informações essenciais

Minas Gerais é um verdadeiro paraíso para os amantes de belezas naturais, mais especificamente, cachoeiras.

São diversas cidades com o foco em ecoturismo, algumas mais famosas, outras nem tanto, e algumas, são verdadeiras pérolas, escondidas pelo estado.

Aiuruoca é uma dessas Pérolas. Uma cidade minúscula, que abriga cachoeiras incríveis, de beleza espetacular, e que ainda não foram descobertas pelo turismo em massa.

Vamos descobrir mais sobre esse destino exótico de Minas Gerais?

Aiuruoca

Com seus menos de 10 mil habitantes, Aiuruoca é uma tímida cidade de Minas Gerais, quando se fala em turismo.

Fica escondida, atrás da fama de grandes símbolos do estado, como Capitólio e Ibitiboca, por exemplo. Ou seja, não espere grande estrutura.

Já existem diversas opções de hospedagem, mas poucas podem ser reservadas pela internet. As ruas são ruins, e quando chove, ficam piores. E pra terminar, não é em todo lugar que tem sinal no celular.

E ai, se animou?

Mas calma, não se preocupe. Apesar de tudo isso, eu te garanto que vale a pena conhecer Aiuruoca. Aliás, eu diria que tudo isso da um charme ainda maior à cidade.

Não é bom, de vez em quando, se desligar desse mundo digital, e se conectar com a natureza? Deixe-se levar pela vibe positiva da cidade, e curta as belezas que ela oferece.

Informações úteis

• As estradas são ruins, um carro alto leva vantagem, mas é possível ir com qualquer carro baixo.
• A operadora que melhor pega na região é a Vivo.
• Existem poucos bancos na cidade, e com horários bem limitados. Leve dinheiro de casa.
• Durante a semana, a cidade é bem parada, e muitos restaurantes e lanchonetes nem abrem.
• A cidade se divide em duas regiões turísticas, basicamente, e cada uma concentra uma parte dos pontos turísticos. São elas: Vale do Matutu e Vale dos Garcias.

Como chegar

Aiuruoca está no sul do estado de Minas Gerais, bem perto do Rio de Janeiro e São Paulo. O acesso a cidade é fácil, e a estrada é boa, pelo menos até o centro.

Ao Norte, você vai pela BR-267, até a entrada para a cidade. Do Sul, entrando em Itamonte, você pega a LMG-881, e segue até Aiuruoca.

De ônibus, existem linhas diretas saindo de Belo Horizonte e São Paulo, porém, é comum ter que pegar ônibus até Caxambu antes. Do Rio de Janeiro, deve-se ir primeiro para Juiz de Fora, e de lá, para Aiuruoca.

Porém, não acho válido ir de ônibus para Aiuruoca, pois sem carro, você não vai conseguir visitar os pontos turísticos. Caso você não tenha carro, recomendo alugar um.

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As estradas de Aiuruoca

Confira no video abaixo, um trecho das estradas de Aiuruoca. Mais especificamente, no Vale do Matutu.

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O que fazer em Aiuruoca

Agora que você já sabe como chegar na cidade, vamos desvendar esse segredo de Minas Gerais?

Abaixo você vai descobrir o que fazer em Aiuruoca, incluindo todos os lugares que eu fui, e alguns outros, que acabei não indo.

Além disso, no final do post, você terá acesso à um mapa turístico da cidade, e também vai conferir dicas das melhores opções de hospedagem.

Ah, e um lugar excelente para comer.

Vamos nessa?

Praça Central

Logo ao chegar na cidade, fiquei encantado com o pequeno centrinho. Ali, está a praça central da cidade, rodeada por lanchonetes e o comércio.

Uma pracinha pequena, mas muito linda e aconchegante, que te convida a sentar, relaxar e curtir a vibe tranquila de Aiuruoca. Quando fui, a praça já estava até decorada para o natal.

Igreja Matriz

De frente com a praça central, está a igreja matriz de Aiuruoca. A Igreja Nossa Senhora da Conceição, foi construída em 1717, e já passou por várias modificações, porém mantêm até hoje sua arquitetura e características de época.

Vale do Matutu

Lembra que eu disse que a cidade é separada em duas regiões turísticas, né? Pois então, vou começar falando sobre o Vale do Matutu, que é onde fiquei hospedado.

É também, onde estão a maior parte das atrações de Aiuruoca. Quer saber quais são?

Então vamos lá, vou falar na sequência, como se você tivesse indo do centro da cidade, até o final do Vale do Matutu.

Pocinho

O primeiro lugar que você vai passar, é o Pocinho. Esse acabei de não indo, pois é uma propriedade particular, e todas as vezes que passei na frente, estava fechado.

É todo cercado, e parece ter uma boa estrutura, com lanchonete, banheiros e estacionamento. A entrada é paga.

Cachoeira Deus me Livre

A cachoeira Deus me Livre fica já em seguida, bem perto do Pocinho. Também acabei não indo por falta de tempo. Mas dizem que é uma cachoeira bastante bonita.

Para chegar, você deixa o carro na estrada mesmo, e faz uma pequena trilha. A entrada é gratuita.

Cachoeira do Batuque

Com seus 30 metros de queda, a Cachoeira do Batuque é mais um atrativo do Vale do Matutu. Seu acesso é por trilha, e leva cerca de 20 a 30 minutos, dependendo da pessoa.

Ela fica no meio da mata, e é possível vê-la da estrada principal do vale. Para chegar, eu deixei o carro no Hostel do Batuque, e de lá iniciei a trilha.

Nela, a água escorre pelas pedras de uma maneira linda, e no final, formam um tipo de chuveiro natural, onde você pode se refrescar.

Cachoeira dos Macacos

A Cachoeira dos Macacos fica na beira da estrada principal do Vale do Matutu. Inclusive, não tem nem onde deixar o carro. Eu deixei na estrada mesmo, bem encostado no barranco.

Obs: Indo do centro, sentido a Cachoeira do Fundo, você pode estacionar seu carro quando chegar na placa “Ananda Matutu”.

Ali, você entra em uma passagem aberta na cerca, e faz uma trilha curta e fácil, de aproximadamente 10 minutos.

Em determinado momento, você chegará em uma bifurcação. Indo para a direita, você chega na Cachoeira dos Macacos propriamente dita.

Indo para a esquerda, você vai descer um pouco mais, e vai chegar em um poço. Nesse poço é o melhor lugar para tomar banho.

Mercadinho do Vale

Não é bem um ponto turístico, mas eu achei interessante, e quero indicar aqui.

Indo em direção à Cachoeira do Fundo, que é no final do Vale do Matutu, você vai passar pelo Mercadinho do Vale, do lado direito.

É um mercadinho como qualquer outro, porém, aqui você encontra alguns produtos típicos da região.

Um exemplo disso, é o Guaraná Mantiqueira, típico da região. Ele vem em uma garrafinha de 185ml, e que custa apenas 1 real. É bem gostoso e refrescante, perfeito para depois de uma trilha.

Além disso, você também encontra algumas cervejas artesanais, produzidas ali mesmo, em Aiuruoca.

Casarão do Matutu

Uma casa centenária, sede da Associação de Moradores e Amigos do Matutu, e que é patrimônio histórico municipal.

Mantêm até hoje sua arquitetura típica da época, e possui também, em seu interior, um mini museu da região.

No mesmo terreno, você encontrará duas lojinhas, uma de artesanatos, e outra de produtos típicos da região, como cafés, queijos e outros.

É aqui no casarão, que você estaciona seu carro, e segue por trilha, para conhecer os próximos pontos turísticos. Esse é o ponto limite para carros, no Vale do Matutu.

Poço das Fadas

O Poço das Fadas fica bem pertinho do Casarão do Matutu, e seu acesso é através de uma trilha curte e leve, de cerca de 10 minutos.

É considerado como um dos melhores lugares para tomar banho em Aiuruoca, e realmente, o poço, além de lindo, tem tamanho e profundidade razoáveis.

O único porém, eu diria, é a temperatura da água, que é bastante gelada. Mas isso acaba sendo bom, para se refrescar do calor intenso que faz na região.

A água do poço é extremamente limpa e cristalina, e existem algumas pedras, das quais você pode pular na água. O horário mais recomendado para ir, é ao meio dia, pois o sol passa por entre as árvores, e esquenta um pouco.

Cachoeira do Meio

O ponto turístico mais famoso do Vale to Matutu é a Cachoeira do Fundo, da qual falarei a seguir.

Mas para chegar nela, você obrigatoriamente passa pela Cachoeira do Meio. Uma cachoeira, que como o nome sugere, fica exatamente no meio da trilha da Cachoeira do Fundo.

É uma cachoeira pequena, tímida, escondida no meio da mata. Não tem muito espaço para banho, mas é lugar perfeito para sentar e descansar, ouvindo o barulho da água.

Cachoeira do Fundo

Seguindo pela trilha, depois da Cachoeira do Meio, você vai para a Cachoeira do Fundo, que é o final da trilha.

A trilha, ao todo, leva cerca de uma hora e meia, e é de nível moderado, com subidas, lugares escorregadios e um rio para atravessar.

A cachoeira é realmente linda, são 130 metros de queda d’água, que impressionam qualquer um. Antes de chegar, durante a trilha, você já tem uma vista incrível dela, o que da até mais ânimo para chegar.

Na verdade, a vista da trilha é até mais bonita que de baixo da cachoeira, de onde só é possível ver o final dela.

Também não tem um grande poço para banho, mas pra quem quiser se refrescar, pode entrar em baixo da queda mesmo.

Obs: No começo do caminho para a cachoeira, você vai encontrar alguns restaurantes, lojinhas e até pousadas.

Vale dos Garcias

Essa é a outra parte turística de Aiuruoca, e seu acesso é direto pela rodovia, antes mesmo de entrar da cidade.

Aqui são menos pontos turísticos, mas não se desanime, pois em minha opinião, a cachoeira mais bonita da cidade, fica no Vale dos Garcias.

Inclusive, caso você queira fazer o trekking até o Pico do Papagaio, esse é um dos pontos de partida.

Bora conhecer?

Cachoeira dos Garcias

Já que eu falei da cachoeira mais bonita da região, já vou começar falando dela. A Cachoeira dos Garcias faz parte de uma propriedade privada, mas a entrada é gratuita.

Nessa propriedade, existe um restaurante, onde está sendo montado também um hostel. O que é uma boa opção de hospedagem, caso você queira subir ao Pico do Papagaio. Falo mais sobre isso abaixo.

Existe estacionamento, e dele, você faz trilha até a cachoeira. São duas opções de trilha, uma mais íngreme e outra mais suave. Sugiro descer pela mais íngreme e subir pela outra.

A cachoeira é realmente linda, e tem um poço fantástico para banho. Talvez tão bom quanto o poço das fadas. Durante a trilha, existem alguns mirantes para a cachoeira.

Prainha

A prainha também fica na propriedade dos Garcias, e é um local perfeito para sentar e curtir o dia, quem sabe até fazer um piquenique.

Tem um bom espaço para estender toalhas e ficar de boa, isso ao lado de uma corredeira, que forma um poço raso e tranquilo para banho.

Poço do Joaquim Bernardo

O Poço Joaquim Bernardo fica em outra propriedade, também particular. Aqui, não se cobra entrada, porém, exige-se uma consumação mínima na lanchonete. Quando fui, era de 10 reais.

Como eu disse, tem lanchonete, com boa estrutura, e também o Poço, formado ao fim de uma corredeira larga. Lugar excelente para tomar banho e passar o dia.

Parque Estadual da Serra do Papagaio

Localizado na Serra da Mantiqueira, no sul de Minas Gerais, o Parque Estadual da Serra do Papagaio tem mais de 22 mil hectares. Abrange as cidades de Aiuruoca, Alagoa, Baependi, Itamonte, e Pouso Alto.

É um dos últimos remanescentes da Mata Atlântica no estado, e foi criado justamente por isso, com o objetivo de preservar toda a biodiversidade que oferece.

O parque engloba todas as áreas que mencionei acima, ou seja, não é um lugar fechado, que você passa por portarias e etc.

Além dos pontos mencionados acima, existe um outro, que é a estrela de todo o parque. Mas pra chegar nele, precisa de muito empenho e preparo físico.

Você está preparado?

Pico do Papagaio

Considerado por muitos o principal atrativo turístico de Aiuruoca, o Pico do Papagaio desafia até os mais bem preparados.

Compõe-se de um conjunto de elevações em forma de corcova, e tem altitude superior aos 2 mil metros. Lá de cima, tem-se uma vista incrível de 360 graus de toda a região.

Existem diversas trilhas que levam até o pico, saindo tanto do Vale do Matutu como do Vale dos Garcias. Porém, saindo do Vale dos Garcias, a distância é menor, pois você já sobe bastante com o carro.

De lá, é uma caminhada de cerca de 4 horas até o pico. O nível da caminhada é pesado, e é necessário um certo preparo físico, talvez até acompanhamento de algum guia.

Sinceramente, não me senti preparado para subir, e acabei deixando para uma próxima oportunidade. Mas como dizem os relatos, a vista lá de cima, é de um mar de montanhas.

Para quem curte bastante esse tipo de passeio, é um lugar único, que oferece uma experiência fantástica.

Onde comer em Aiuruoca

Sinceramente, acabei cozinhando bastante nos dias em que estive em Aiuruoca, mas em um dos dias, decidi sair para jantar.

E vou dizer: Aiuruoca durante a semana, é morta!

Era uma terça feira, e em toda a cidade, havia apenas dois lugares abertos, ambas pizzarias. E eu não estava afim de comer pizza. Porém, acabei me surpreendendo.

Pizzaria Aroma da Serra

Apesar do nome “pizzaria”, o Aroma da Serra oferece diversos pratos a lá carte. Eu estava doido pra comer um bom feijão com arroz, e para minha surpresa, tinha feijoada no cardápio!

Comida simples, bem temperada, saborosa e com preço justo. Era tudo o que eu precisava. Ah, e isso, sentado em uma mesa na calçada, curtindo a vibe gostosa de Aiuruoca.

Onde se hospedar em Aiuruoca

Como eu disse, o turismo em Aiuruoca ainda está gatinhando, tanto que você encontra poucas opções de hospedagem na internet.

Eu mesmo, acabei ficando em camping, uma por que queria economizar, e outra, porque achei que a cidade combina com um bom acampamento, coisa que eu não fazia tinha um tempo.

Mas sei que poucas pessoas gostam de acampar, e por isso pesquisei e achei uma boa opção de hospedagem, que seria minha escolha, se não tivesse acampado.

A Pousada Ponto de Luz ($), tem excelente localização, bem pertinho do centro da cidade e da estrada para o Vale do Matutu. Também com acesso fácil para o Vale dos Garcias.

É muito bem avaliada no Booking, e eu realmente acho que é o melhor custo benefício da região.

E caso você queira algo com mais conforto, a Pousada Nossa Senhora Aparecida  ($$) é a melhor escolha. Além de tudo o que falei acima, ainda possui piscina.

De modo geral, recomendo ficar perto do centro, pois dentro dos vales não tem muita estrutura, como restaurantes e mercados por exemplo, além de não ter sinal de celular.

Roteiro Aiuruoca

Acredito que 3 dias são suficientes em Aiuruoca, ou talvez até dois, se bem aproveitados e corridos. Abaixo, vou deixar uma sugestão de roteiro, para você aproveitar bem a cidade.

Dia 1

• Cachoeira do Meio
• Cachoeira do Fundo
• Poço das Fadas
• Cachoeira do Macaco

Dia 2

• Cachoeira dos Garcias
• Prainha
• Poço do Joaquim Bernardo
• Centro de Aiuruoca

Dia 3

• Cachoeira Deus me Livre
• Pocinho
• Cachoeira do Batuque

Ou, caso você tenha interesse, pode separar um dos dias para subir até o Pico do Papagaio.

Descubra Aiuruoca

E aí, bora explorar esse destino inusitado de Minas Gerais?

Posso garantir que Aiuruoca tem uma energia única. A falta de estrutura da uma pegada mais roots para a cidade, e te coloca em contato direto com a natureza.

Um destino perfeito para quem quer realmente se desconectar, e curtir cada momento da viagem.

Mapa Turístico

Preencha o formulário abaixo, e ganhe acesso a um mapa turístico exclusivo, com a localização de todos os lugares indicados aqui.

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